Em ofícios endereçados a Paulo Guedes e a Gustavo Montezano, entidades pedem ampliação de crédito e suspensão temporária de impostos e contribuições
O agravamento da crise provocada pela pandemia de coronavírus levou entidades do livro a unirem forças para fazer chegar ao Ministério da Economia e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) algumas pautas que visam minimizar os impactos no setor editorial. Os esforços são empreendidos pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), pela Associação Brasileira de Editores e Produtores de Conteúdo e Tecnologia Educacional (Abrelivros) e pela Associação Nacional de Livrarias (ANL).
Juntas, as entidades enviaram um ofício ao ministro Paulo Guedes solicitando a prorrogação em 180 dias dos recolhimentos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e INSS; a redução das taxas de juros; a abertura das linhas de capital de giro para o setor no Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES e incentivo a oferta de crédito em bancos privados e a manutenção dos programas governamentais de aquisição de livros no Ministério da Educação/FNDE.
Um outro ofício foi expedido a Gustavo Montezano, presidente do BNDES, propondo a manutenção e fortalecimento do Cartão BNDES, principal produto das linhas de crédito utilizado pelo setor do livro, e atuação junto aos bancos operadores do cartão para que mantenham sua disponibilidade e facilitem a análise de crédito nos próximos meses. Entre as reivindicações das entidades está a ampliação dos itens para financiamento, passando a incluir, por exemplo, a folha de pagamento e o capital de giro. As entidades pedem ainda carência de 24 meses para a contratação de novos empréstimos e a retirada de exigências de garantias ou a aceitação de estoques como garantia real.
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