Entrega “voluntária”, “legal”, “protegida”, são muitos os adjetivos utilizados
para tratar do mesmo tema: a proteção de uma nova vida que acabou de
fazer morada nesse mundo.
Toda criança tem direito a conviver numa família – natural ou afetiva – que
seja capaz de cuidar de todos os seus membros sem violar os direitos de
sua prole e sem ter seus direitos violados pelo Estado.
Todas as pessoas habilitadas podem, a qualquer momento, ser chamadas a
conhecerem, se aproximarem e, correndo tudo bem, receberem autorização
judicial para iniciarem o estágio de convivência.
Toda mulher – gestante ou parturiente – tem direito de entregar sua fi lha/
seu fi lho, evitando, com isso, o abandono de incapaz – considerado crime!
Isso é lei! Está no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Esse livro conta, de forma lúdica, um pouquinho sobre esse ato de coragem,
de dor e de amor. Mostra que entregar não é abandonar e que o ato da
entrega é direito de toda mulher.
Entregar é confi ar, acreditar, se desprender sem se desvincular por
completo de sua história. Entregar é um ato de respeito, responsabilidade,
é cuidado genuíno, é afeto não lapidado, é proteção!

Michele Villaça Lino