A Era de Aquário vem se instalando em sucessão à Era de Peixes, numa transição que já derrama suas energias de conhecimento pessoal e conhecimento coletivo sobre o nosso Planeta Mãe. A Bíblia, sobretudo o Novo Testamento e os ensinamentos de Jesus, é um livro sapiencial de muitas culturas ocidentais e orientais, que traz em sua superfície ensinamentos relativos à Era de Peixes: era de sacrifícios, guerras, conhecimento pelo sangue, pela dor, expiação pelo sofrimento.
No entanto, quando lida com Ruach, palavra feminina em hebraico que quer dizer “Espírito”, a Bíblia começa a nos revelar elementos que apontam muito fortemente para a nova Era, que é a Era de Aquário, que agora se inicia.
Trata-se de uma Era Nova, de caráter individual & coletivo, de união das dualidades separadas até então, de compreensão espiritualizada por níveis de realidade, percepção e frequência distintos, como mostra a transdisciplinaridade e o holismo. Era de individuações em massa. Era de reconexões de cada um de nós e de nossa coletividade com a Natureza em sua sabedoria maior.
“Mais importante do que viver é conviver” – é o alerta de Aristóteles. Isso significa que começamos a despertar para a consciência de que nossa felicidade só poderá ser encontrada se o outro e a outra que compartilham conosco o chão da Nave-Mãe Terra também tiverem chance de ser felizes.
Toda mudança de Era, que ocorre mais ou menos a cada 2000 anos, traz consigo demolições (“lições do demo”), escombros, obstáculos. Uma noite profunda que, entretanto, já porta em seu coração o raiar do Sol de um novo dia. As noites mais escuras são as que cintilam as estrelas mais brilhantes. Aliás, é óbvio que “só se podem ver estrelas no escuro”, como ensina Goethe. Luz e sombra não são mais dualidades, mas, sim, complementos. Este é o nosso desafio no início do novo milênio: conhecer a transição de Eras e a implementação definitiva da Era de Aquário.
A Era de Aquário, em uma palavra, pode ser entendida como a Era em que um valor precisará ser definitivamente inserido na espécie humana como condição para a sua própria sobrevivência: o AMOR. No eixo arquetípico Leão-Aquário, coração e mente precisam voltar a se comunicar livremente e com amorosidade, precisam formar um Yin-Yang imutável, lei do movimento. É a única ponte capaz de ligar extremos que têm sido fortalecidos pelas eras anteriores.
União, ponte, somos todos um.
O tudo e o todo se refletem.
A gota contém o oceano tanto quanto o oceano contém a gota. Em tudo, o sal da Terra.
Este é o cerne do sagrado feminino, de Jocasta conspurcada até Maria virgem eterna, passando por Antígona, uma essência sagrada depois da qual, como seu filho, o masculino se encantará sagrado de novo, em cada um de nós.
Isso se aplica tanto a homens quanto a mulheres, e também a quaisquer outros gêneros, identidades e desejos possíveis no riquíssimo caleidoscópio humano. Outra característica da Era de Aquário ao romper com as dualidades estritas é o fato de que ela derrama seus ares e seu fogo, suas águas e sua terra sagrada a QUAISQUER pessoas, e a QUAISQUER membros da grande Criação Materna da Deusa-Mãe ou Espírito Santo, a Luz Central da Era de Aquário.
Uma jornada em direção ao nosso EU CRÍSTICO (como diz Jung sobre o Self), não só completo, como INTEIRO. E, a partir dele, rumo ao cumprimento do Dharma Espiritual. As estrelas de que nos fala Da Vinci. O Encontro Imaginal: onde o sutil se materializa e o material se sutiliza. Nossas Naturezas em Encontros e Comunhões com as Naturezas Divinas, Sagradas. Espaço onde o Sagrado e o Profano se unem numa dança cósmica. Energia e matéria em bodas. Do ego em direção ao Inconsciente Aberto, início e fim de toda jornada humana.
Tudo amparado pelo colo sagrado da Grande Mãe Terra e dos arquétipos das Grandes Mães de todas as culturas, de todos os tempos.
Marcelo Moraes Caetano
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ISBN: 9788594750235 Páginas: 208 Tamanho: 16x23 Ano de Edição: 2024 Idioma: Português
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A era de aquário e o sagrado feminino: entre Jung e as revelações do cristianismo oculto